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Sandro Nadine e a Palavra Medieval Ascendente


The Call It started out as a feeling Which then grew into a hope Which then turned into a quiet thought Which then turned into a quiet word And then that word grew louder and louder Till it was a battle cry I'll come back When you call me No need to say goodbye Just because everything's changing Doesn't mean it's never been this way before All you can do is try to know who your friends are As you head off to the war Pick a star on the dark horizon And follow the light You'll come back when it's over No need to say goodbye You'll come back when it's over No need to say goodbye Now we're back to the beginning It's just a feeling and no one knows yet But just because they can't feel it too Doesn't mean that you have to forget Let your memories grow stronger and stronger Till they're before your eyes You'll come back When they call you No need to say goodbye You'll come back When they call you No need to say goodbye... Tradução O Chamado Começou para fora como um sentimento, Que cresceu e se tornou uma esperança, Que se tornou então em um pensamento quieto, Que se tornou então em uma palavra quieta... E então essa palavra cresceu mais ruidosamente, E mais ruidosamente... Até que se tornou um grito de guerra, Eu voltarei quando você me chamar, Não há nenhuma necessidade de dizer adeus... Apenas porque tudo muda, Não significa que nunca tenha sido Desta maneira antes... Tudo que você pode fazer, É tentar saber quem seus amigos são, Enquanto marcha para a guerra... Escolha uma estrela no horizonte escuro, E siga a sua luz... Você voltará quando isto acabar, Não há nenhuma necessidade de dizer Adeus... Agora nós voltamos ao começo, E simplesmente um sentimento que ninguém conhece ainda, Mas apenas porque eles não conseguem senti-lo também, Não significa que você tem que se esquecer... Deixe suas memórias crescerem mais fortes, e mais fortes, Até que estejam diante dos seus olhos, Você voltará quando à chamarem, Não há nenhuma necessidade de dizer Adeus... (Regina Spector) BIZARRE LOVE TRIANGLE Every time I think of you I get a shot right through into a bolt of blue It's no problem of mine but it's a problem I find Living a life that I can't leave behind There's no sense in telling me The wisdom of a fool won't set you free But that's the way that it goes And it's what nobody knows And every day my confusion grows Every time I see you falling I get down on my knees and pray I'm waiting for that final moment You'll say the words that I can't say Every time I see you falling I get down on my knees and pray I'm waiting for that final moment You'll say the words that I can't say Triângulo Amoroso Bizarro Toda vez que penso em você Eu sinto passar por mim Um raio de tristeza Não é um problema meu Mas é uma coisa que não gosto Vivendo esta vida que não posso deixar para trás Não faz sentido em me dizer Que a sabedoria de um tolo não vai te libertar Mas é assim que as coisas são E é o que ninguém sabe E a cada dia que passa minha confusão cresce Toda vez que te vejo caindo Eu fico de joelhos e faço uma oração Estou esperando pelo momento final Quando você dirá as palavras que não consigo dizer Eu me sinto muito bem Eu me sinto como nunca deveria me sentir E quando eu fico assim Eu simplesmente não sei o que dizer Porque não podemos ser nós mesmos Da mesma forma que fomos no passado Eu não tenho certeza do que isso significa Eu não acho que você é o que parece E na verdade admito para mim mesmo Que se eu machucar outra pessoa Eu jamais verei O que na verdade deveríamos ter sido Toda vez que te vejo caindo Eu fico de joelhos e faço uma oração Estou esperando pelo momento final Quando você dirá as palavras que não posso dizer Toda vez que te vejo caindo Eu fico de joelhos e faço uma oração Estou esperando pelo momento final Quando você dirá as palavras que não posso dizer... (Frente) Adoos O jovem imaturo deslumbrava-se com as constelações cintilantes no firmamento, e planejava conquistá-las... Quando os primeiros momentos de compreensão mais ampla lhe afloraram à mente, percebeu a impossibilidade de conseguir as galáxias, e achou possível conquistar a terra que lhe servia de mãe gentil. As lutas amadureceram-lhe e as dificuldades aumentaram-lhe a visão da realidade, facultando-lhe compreender a impossibilidade de lograr o anelado e, amando a pátria onde nascera, acreditou que a poderia conquistar... Empenhou-se no embate arriscado, ganhou posição social e poder, porém, a soma de decepções e amarguras fê-lo desistir do intento, e ele pensou em conquistar a comunidade na qual se movimentava. Injunções políticas favoreceram-no com os cargos elevados e, quando o destaque parecia havê-lo premiado, as artimanhas da hostilidade dos grupos beligerantes, derrubaram-no... Mas amadurecido ainda e pensativo, voltou-se para a família, e, enquanto a velhice se acercava, ele se empenhou em conquistar o clã. Os interesses díspares do lar e na prole expulsaram-no, porque ele já pesava na economia doméstica, superado, no conceito dos jovens sonhadores e ambiciosos, quanto ele próprio fora um dia... Nesse momento ele teve consciência da sua realidade, e só então entendeu a importância de conquistar-se a si mesmo... (Sandro Nadine) Que eu me torne em todos os momentos, agora e sempre, Um protetor para os desprotegidos, Um guia para os que perderam o rumo, Um navio para os que têm oceanos à cruzar, Uma ponte para os que têm rios à atravessar, Um santuário para os que estão em perigo, Uma lâmpada para os que não tem luz, Um refúgio para os que não têm abrigo, E um servidor para todos os necessitados... (Sandro Nadine) Que em cada campo constituído, Sejam plantadas flores coloridas, Que em cada momento triste, Saibamos deslumbrar as estrelas... O infinito está presente também em tudo que nos parece finito, As leis do universo contemplam inúmeras interpretações, Sejamos a madeira e o fogo, Sejamos ainda a própria cinza... Que nos clarões da Aurora, Possamos externar as nossas luzes mais brilhantes, Os nossos sentidos mais aguços, Os nossos sentimentos mais puros... Que na ausência da força, Sejamos a sabedoria, E que na última palavra por nós proferida, Não deixe de está o AMOR... (Sandro Nadine)
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Estudos Profissionais

A Medicina legal, nos últimos anos, tem se movido no ímpio esforço para diagnosticar os inúmeros agravos à saúde, decorrentes do ambiente ocupacional, levando em conta as especificações inerentes a cada atividade ou processo desenvolvido nas empresas.

Apesar de, historicamente, os trabalhadores da área da saúde não serem considerados como categoria de alto risco para acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estudos realizados nas últimas três décadas em relação aos processos de saúde e doença desses trabalhadores têm revelado dados assustadores. Em relação ao enquadramento jurídico da Responsabilidade Civil, qualquer que seja a forma de obrigação de meios ou de resultado, diante do dano, o que se vai apurar é a Responsabilidade, obtendo-se como base principalmente o grau da culpa, o nexo causal e a dimensão do dano.

Genericamente, o termo Responsabilidade, exprime a obrigação de alguém responder por algo que fez ou deixou de fazer em prejuízo de terceiros. Este trabalho examina a evolução da indenização por acidente do trabalho, e analisa as doutrinas infortunísticas e suas devidas aplicações.
Infortunística, na legislação, sob os pontos mais relevantes do Decreto Lei nº 7.036, de 10.11.1945, é à parte da ciência Forense que estuda os acidentes de trabalho e as doenças profissionais., bem como, as devidas idenizações ao operário vitimado.


(Sandro Nadine)





DOENÇA OCUPACIONAL
Saúde no trabalho é responsabilidade de todos

A doença ocupacional ou do trabalho é produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a um determinado ramo de atividade ou em função de condições especiais em que o trabalho é realizado. É assim que o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) define o mal dos milhares de trabalhadores que acabam “encostados”.

Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) são inúmeros, segundo o médico do trabalho Renato Sérgio Rodrigues José, e podem ser provocadas por diversos motivos. Lesões, lombalgias, tendinites, dores nos ombros e braços, varizes, problemas visuais e respiratórios, entre tantas outras, podem ser provocadas por esforços repetitivos, uso de equipamentos inadequados, como cadeiras não-anatômicas, monitores sem protetores, ar-condicionado mal regulado ou falta dele, má postura...

Dados no Anuário Estatístico do Trabalho de 2002, apontam que quase 17,5 mil trabalhadores sofreram com alguma doença ocupacional no Brasil em 2001. Só no Sudeste foram 10.495. Estes números indicam somente os casos registrados pela CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho). Segundo um levantamento do Sinsaúde, baseado nas CATs, as doenças mais freqüentes nos hospitais são o Dort, também conhecido por LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e o estresse.

A diretora, Aparecida Santos, no entanto, ressalta que as estatísticas não são confiáveis já que a maioria dos hospitais não se preocupa com o preenchimento da CAT. “Mas sabemos que o problema é sério e atinge de forma diferente, todos os setores”, ressalta ela. É o caso de Jane Aguiar da Silva, atendente de fisioterapia, está afastada do trabalho desde 1995, porque adquiriu a síndrome do manguito rotador e tenossinovite no punho quando fazia massagens na Clínica Fisio, de Campinas. Já Luciana de Souza dos Reis adquiriu um problema na coluna quando trabalhava na faxina e uma tendinite no período que foi auxiliar de enfermagem da Beneficência Portuguesa.

Para o fisioterapeuta Nilton Zanuchi, equipamentos ergonomicamente incorretos e má postura são os grandes vilões dos trabalhadores. Cadeiras, mesas, teclados, devem se adequar às medidas do usuário. “A média dos móveis de escritório não favorece aos baixos e altos”.
Para o médico seria possível evitar as doenças relacionadas, à LER e dores no corpo como lombalgias e tendinites, com medidas simples como alongamentos e exercícios físicos em alguns intervalos no trabalho. “Alongamentos de 10 minutos a cada hora de trabalho ou mudar de posição, já evitaria doenças”, afirma.

O fisioterapeuta ressalta que as empresas devem adotar o que algumas grandes indústrias adotam, que é levar um profissional para ensinar os exercícios laborais e orientar os trabalhadores sobre postura correta. “Poderiam também capacitar os líderes de setor para orientar o restante dos funcionários a manter a postura correta e estimular os exercícios”, orienta. Talvez esta seja uma boa sugestão para os membros das Cipas ou programas de prevenção de doenças ocupacionais.

Cuidados básicos podem evitar doenças como define na portaria 3214 do Ministério do Trabalho, todo estabelecimento hospitalar possui risco de contaminação, onde o trabalhador fica sujeito a doenças infecto-contagiosas. Neste quadro, além da LER (que lidera no ranking de doença ocupacional), incluem-se o HIV, hepatite, tuberculose e sífilis, algumas das doenças de maior gravidade e que preocupam a Medicina do Trabalho, principalmente em setores em que profissionais mantém contato freqüente com materiais perfuro-cortantes. Outras portarias foram criadas para garantir segurança ao profissional da Saúde, e também reduzir os riscos inerentes ao seu cotidiano.


De acordo com o médico sanitarista e especialista em Saúde Ocupacional Marco Antonio Gomes Pérez, os riscos biológicos, físicos e ergonômicos são inerentes ao profissional da Saúde. Entretanto, ele afirma ser necessária uma reformulação em três aspectos: na formação do trabalhador, nos equipamentos e instrumentos de trabalho, e na melhoria das relações do trabalho. “Os riscos de contaminação são grandes, mas podem ser evitados se houver uma boa formação profissional, investimento nos equipamentos e instrumentos e uma interação entre empregador e trabalhador”, ressalta Pérez.

Este é o caminho para a prevenção de doenças ocupacionais físicas ou biológicas. O médico sanitarista avalia que a relação entre o empregador e o profissional pode contribuir para o desenvolvimento de programas voltados à prevenção dessas doenças.


Segundo Pérez, o investimento dos hospitais em equipamentos modernos e que oferecem maior segurança, ajuda a reduzir os riscos de contaminação dos trabalhadores.

Compete também ao trabalhador se atentar ao uso permanente dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) como luvas, botas, aventais. Além disso, quem lida com materiais cortantes deve exigir a realização de exames periódicos oferecidos pelo hospital para se precaver de doenças. “Mas não podemos esquecer que a responsabilidade em evitar acidentes de trabalho envolve todos”, alerta Pérez.
É a garantia de saúde para o trabalhador ?

A legislação brasileira obriga as empresas a fazerem exames médicos periódicos para garantir a saúde do trabalhador. Esta obrigação está descrita na Norma Regulamentadora 7 (NR-7), que define o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). A norma prevê a realização do exame admissional, periódico, na mudança de função, de retorno ao trabalho e demissional.

De acordo com o diretor do jurídico do Sindicato da Saúde, Anselmo Bianco, estes exames deveriam servir para monitorar a saúde do trabalhador e evitar que ele desenvolva alguma doença ocupacional que venha a indisponibilizá-lo para o trabalho. “A lei manda fazer os exames, mas deixa brechas para que as empresas façam exames superficiais e não detectem possíveis doenças que o funcionário possa ter desenvolvido”, relata.

O sindicalista se refere àquelas consultas na qual mal o médico olha o paciente, coloca um estetoscópio no peito, pede um exame de urina e fezes e chama o próximo. Apesar de trabalharem dentro de hospitais e estarem próximos a diversos especialistas, muitos casos de doenças ocupacionais têm sido registrados entre os trabalhadores da Saúde e algumas delas afastaram os funcionários definitivamente da função, obrigando-os a mudar de área.

Caso da ex-telefonista Célia Maria da Silva, que trabalhou por 5 anos no Hospital Penido Burnier e após seis meses de trabalho, naqueles antigos aparelhos de disco, começou a sentir algumas dores que não foram levadas a sério. “A doença não foi diagnosticada logo e se espalhou para o ombro, braço e punho.

Chegou um momento que não conseguia mais girar o disco do telefone de tanta dor”, conta. Célia foi afastada para tratamento da LER (Lesão por Esforço Repetitivo), hoje chamada de Dort – (Doença Ocupacional Relacionada ao Trabalho) e quando voltou ao trabalho havia sido transferida para o Arquivo. “Lá, tinha que digitar o dia todo e as dores pioraram”. Em 98, ao final do prazo de estabilidade, que é de um ano para quem é afastado por doença, Célia foi demitida. O Sinsaúde entrou com uma ação indenizatória, cujo valor ela recebe até hoje. Faltam apenas 4 anos para ela se aposentar.

Em saúde ocupacional, alguns hospitais se diferenciam alguns hospitais já avançaram na questão de prevenção de doenças, ao contrário da maioria dos estabelecimentos do setor. No programa de exames periódicos do Albert Sabin, por exemplo, já consta a mamografia e o papanicolau, para prevenir câncer de seio e colo do útero.

De acordo com o diretor de RH do hospital, Joaquim Fonseca Filho, todos ganham com a prevenção das doenças. “É mais econômico para a entidade prevenir do que ter que tratar essas doenças e correr o risco de ficar sem o funcionário”, calcula. Outro hospital referência neste tipo de exame é o Centro Médico, que realiza exames de audiometria, controle de glicemia e colesterol, mamografia, controle de climatério, próstata e hemodinâmica, que verifica alguma alteração no sangue de quem trabalha no Raio X.

O Sindicato quer que essa preocupação seja comum em todos os hospitais da região e uma das reivindicações da categoria para a próxima campanha salarial, será avançar nos exames de prevenção de doenças ocupacionais.

Exames periódicos precisam ser mais eficientes
e prevenir doenças

É com grande freqüência que os trabalhadores reclamam da ineficiência dos exames periódicos que não identificam suas doenças há tempo de impedir sua progressão. Apesar de não haver muitos dados a respeito das doenças ocupacionais, devido ao sub preenchimento da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), um relatório da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) indica que em 98, de cada 10 mil trabalhadores, 19,9 sofreram com alguma doença relacionada ao trabalho somente na região Sudeste, onde está o Estado de São Paulo.

O médico do trabalho da Santa Casa de Valinhos, Renato Sérgio Rodrigues José, afirma que a grande maioria dos hospitais ainda não cumpre a NR-7 e a NR-9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), que prevê o levantamento dos riscos que o ambiente de trabalho oferece à Saúde.

Ele afirma que doenças ocupacionais como a LER, são de difícil diagnóstico. “Para identificá-la, o médico deve obrigatoriamente conhecer a rotina de trabalho do funcionário”, afirma.

Ele diz ainda que geralmente as empresas não aceitam uma transferência do trabalhador para outro setor, o que obriga muitos pacientes a voltarem ao antigo posto. “Por necessidade, quando o médico do trabalho impede a alta, eles a conseguem com algum especialista para poderem retornar, prejudicando a própria saúde. Fazem isso porque precisam do emprego”, finaliza. É nossa intenção, através desse estudo, disponibilizar dados e informações necessárias aos profissionais e dirigentes de instituições de saúde em todo o país, levando em conta a emergente necessidade de mudanças neste setor, garantindo assim, uma melhor segurança a todos os trabalhadores envolvidos.

(Sandro Nadine)




COOPERATIVAS DE RECICLAGEM

As grandes concentrações de resíduos reaproveitáveis tomam novos rumos com o surgimento das Cooperativas de Reciclagem, que expontaneamente, assumem um papel extremamente importante na geração de renda, na economia dos recursos naturais, gerando emprego e auto-sustentação, funcionando como ferramentas sociais de sustentação ambiental.

Os padrões básicos de Operação de atividades de coleta, processamento e vendas de material reciclável, inspirada pelo Cooperativismo, estão sendo desenvolvidos para serem apresentados à sociedade, com vistas a desencadear um processo de implementação, expandindo seu conceito como atividade econômica, como um evento significativo em escala Nacional e Mundial. Porém, para resolver os problemas gerados pela desinformação sobre a importância da coleta seletiva do lixo, o aumento dos problemas causados pelo tratamento inadequado dos resíduos sólidos, e a falta de orientação da população dos riscos que os mesmos causam a saúde pública, é necessário que se desenvolvam atividades de educação ambiental.

O Cooperativismo deliberado na formação de grupos organizados para o processo de Reciclagem dos resíduos sólidos nas comunidades, caracteriza um avanço relevante na geração de empregos e renda, resgatando a cidadania daqueles que antes se viam à margem da sociedade.

Estima-se que hoje no Brasil, existam 200 mil catadores de rua (autônomos, associações e cooperativas), responsáveis pela coleta seletiva de vários tipos de materiais. O benefício que os catadores de rua trazem para a limpeza urbana é grande, mas geralmente passa despercebido. Eles coletam recicláveis antes do caminhão da Prefeitura passar e, portanto, reduzem o gasto com a limpeza pública. Os materiais que são encaminhados para a indústria geram empregos e poupam recursos naturais.

Com o advento das Cooperativas de catadores, foi elevado o número de postos de trabalho e para os que conseguem organizar-se nestas cooperativas ou empresas, há um crescimento em sua remuneração e sua situação de semi-clandestinidade tende a ser superada com o crescimento do mercado e da consciência social.

Para alguns especialistas o chamado “lixão” é um mero local onde o lixo é depositado, sem qualquer proteção do solo, sem outro cuidado sanitário como a cobertura regular do lixo com terra. O “lixão” consiste apenas em uma descarga a céu aberto, conforme a terminologia da ABNT – NBR 0 10703/89. Na visão de algumas organizações os lixões são uma forma inadequada de disposição final dos resíduos sólidos municipais, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.

Crianças e adolescentes que trabalham no lixo estão expostos a uma série de doenças que seriam facilmente evitadas. Por lidar com restos de comida, cacos de vidro, ferros retorcidos, plásticos pontiagudos e despejos com resíduos químicos, essas crianças sofrem de diarréias, tétano, febre tifóide, tuberculose, doenças gástricas e leptospirose. Nos resíduos sólidos, os microorganismos causadores de doenças sobrevivem por dias e até meses.

Em todo o Brasil, a falta de saneamento, a ausência na maioria dos municípios de coleta de lixo de qualidade e a convivência direta com o lixo fazem surgir epidemias, como a Dengue e o Cólera. Além disso, cada viagem que o catador realiza atravessando a cidade com o carrinho, causa sérios danos à saúde. Ele está exposto às doenças de pele causadas pela sujeira e poluição, corre riscos de ser atropelado, de ter doenças respiratórias e musculares.

Quando o lixo não é tratado adequadamente, ele pode ser altamente poluente e afetar diretamente a saúde pública. Apesar disso, o lixão ou despejo à céu aberto é a forma mais utilizada para destino final do lixo no Brasil. Segundo algumas pesquisas, há lixões em 26% das capitais brasileiras, em 73% dos municípios com menos de 50 mil habitantes e em 70% dos municípios com mais de 50 mil Habitantes. A maioria da população não se aflige com a situação e nem sequer toma conhecimento dos lixões que se localizam, em geral, distantes dos centros urbanos. Entretanto, essa é uma situação calamitosa do ponto de vista ambiental e sanitário, e socialmente degradante, quando associada à catação por homens, mulheres e crianças. O trabalho nesses aterros somente deve ser permitido a trabalhadores treinados, contratados e com equipamentos de segurança. Os catadores devem ser estimulados e apoiados para poderem trabalhar em condições dignas, em galpões apropriados para a triagem de recicláveis coletados antes de ir para o lixo.

Com o surgimento das Cooperativas de reciclagem, nos tornamos economicamente mais ricos, reaproveitando melhor o lixo urbano, porém, essa realidade ainda se encontra distante para os catadores ou agentes de reciclagem, que mesmo diante de um elevado índice de material reciclado, gerando renda para o país, ainda continuam vivendo em condições sub-humanas a beira de lixos e expostos à permanentes riscos de acidentes. Segundo pesquisas, acredita-se que precisamos de investimentos em campanhas educativas voltadas para a população, aliadas ao incentivo dado à coleta seletiva e a reciclagem dos lixos reaproveitáveis.

(Sandro Nadine)




STRESS

O "STRESS" é o resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. A primeira coisa que acontece com o nosso organismo nestas circunstâncias é uma descarga de adrenalina, e os órgãos que mais sentem são o aparelho circulatório e o respiratório.

No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Assim, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios(bronco-dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios(taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

Quando o perigo passa, o nosso organismo para com a super produção de adrenalina e tudo volta ao normal. No mundo de hoje as situações não são tão simples assim e o perigo e a agressão estão sempre nos rodiando. Por isso a reação do organismo frente ao stress é de taquicardia, palidez, sudorese e respiração ofegante. Pode haver também um descontrole da pressão arterial e provocar um aumento da pressão à níveis bem altos, mas não significa que a pessoa seja hipertensa.

O stress excessivo no trabalho pode duplicar o risco de morte por doença cardiovascular, segundo um estudo de cientistas finlandeses recentemente publicado no "British Medical Journal". Os cientistas do Instituto Nacional finlandês de Saúde no Trabalho de Helsínquia acompanharam durante mais de 25 anos, 812 funcionários em boas condições de saúde (545 homens e 267 mulheres) de uma empresa industrial situada em Valmet, no Centro do país. Desse total, 73 acabaram por falecer devido a problemas cardiovasculares no período em que durou a pesquisa. Entrevistas, questionários e exames médicos regulares permitiram reunir dados relativos ao stress, tensão arterial e níveis de colesterol no sangue. Os cientistas cruzaram os resultados com dados relativos à mortalidade cardiovascular provenientes do registo nacional de óbitos ocorridos entre 1973 e 2001.

As obrigações e as tensões no local de trabalho (alto grau de exigência e baixo domínio do trabalho) e uma recompensa não correspondente ao esforço dispendido (salários baixos, falta de reconhecimento social e limitadas perspectivas de carreira na empresa em relação ao esforço realizado) estão relacionados com o risco de morte por causa cardiovascular, que duplicou entre os funcionários que no início da pesquisa gozavam de um estado de saúde satisfatório. Os empregos com alto nível de stress estão associados a um aumento do colesterol no sangue e do peso do indivíduo. Esta pesquisa sugere que o excesso de risco de mortalidade cardiovascular não aparece associado à intensidade do esforço dispendido, mas sim à tensão sofrida pelo trabalhador.

Para melhorar a condição de saúde e prevenir possíveis transtornos cardiovasculares, os conselhos da equipe do professor Mika Kivimakie, do Instituto Nacional de Saúde do Trabalho, passam pelo abandono do tabaco, pela redução do consumo de álcool, bem como por uma alimentação com baixo teor de gordura e prática de exercício físico, refere, salientando que "a atenção da medicina preventiva deverá dirigir-se também à prevenção da ansiedade no trabalho". Trânsito, problemas financeiros, profissionais, familiares, situações de vida, doenças, alterações de metabolismo, uso de alguns medicamentos, de álcool, de drogas, acidentes, correria, insegurança (tanto financeira quanto, no caso de nossas cidades, física mesmo), dificuldades com chefes, colegas de trabalho, filhos, cônjuges, pais, carro quebrado, Marginal parada e etc., vão fazendo com que nosso corpo produza quantidades anormais de Adrenalina.

A Adrenalina é um hormônio produzido por nosso corpo e tem a função de fazer nosso organismo se defender. Ela faz com que o sangue irrigue mais o coração o cérebro, os pulmões e os músculos. Isso para que fiquemos alertas, fortes e com todos os sentidos aguçados, para enfrentar o perigo. A produção de Adrenalina durante um certo tempo é benéfica para nós pois faz com que nosso organismo esteja apto a se defender de agressões. O problema é que nossas condições de vida fazem com que esse tempo seja muito longo
Então começam os sinais de Stress:
• Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas na escola ou no trabalho.
• Insatisfação com tudo.
• Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados.
• Piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de prazos.
• Insônia, sono agitado, pesadelos.
• Irritabilidade, explosividade.
• A concentração e a memória diminuem.
• Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga.
• Reclamações mais freqüentes do que o habitual.
• Uso de férias, feriados e finais de semana para colocar o serviço em dia, ao invés de relaxar e se divertir.
• Ocupar cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer. Parece que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que tem que ser feito.
• Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas.
• Sensação de monotonia

A freqüência de casos de estress modificou a visão do trabalho. "Agora se diz que o lazer e o repouso são complementares ao estilo de trabalho. Ter o trabalho como único foco na vida é algo que empobrece. Deve-se saber dimensionar a própria vida".

As ações para reduzir o stress nocivo no trabalho não precisam ser complicadas, proibitivamente dispendiosas ou consumir demasiado tempo. Uma das abordagens mais razoáveis, terra-a-terra e de baixo custo é o controle interno. Trata-se de um processo auto-regulador levado a cabo em estreita colaboração entre todos os intervenientes. Pode ser coordenado, por exemplo, por um serviço de saúde ocupacional da própria empresa, por um inspetor do trabalho ou por um(a) enfermeiro(a) da área da saúde pública ou profissional, assistente social, fisioterapeuta ou um responsável dos recursos humanos.

O seu primeiro passo é identificar a incidência, a prevalência, a gravidade e as tendências das exposições aos fatores de stress no trabalho, suas causas e conseqüências para a saúde, fazendo uso, por exemplo, de alguns dos muitos instrumentos referidos no guia. Numa segunda fase, as características de tais exposições que se refletem na realização profissional, na organização e nas condições de trabalho, são analisadas em função dos resultados obtidos. Serão necessários, suficientes ou contribuintes para o stress no trabalho e para a saúde deficiente a ele associada? Serão susceptíveis de mudança? Serão essas mudanças aceitáveis por todos os intervenientes relevantes?

Numa terceira fase, os intervenientes esboçam um pacote integrado de intervenções e aplicam-no por forma a evitar o stress no trabalho e a promover o bem-estar e a produtividade combinando, de preferência, abordagens descendentes e ascendentes.

Os resultados a curto e longo prazo de tais intervenções necessitam então de serem avaliados em termos de exposições a fatores de stress, reações ao stress, incidência e prevalência de uma saúde deficiente, indicadores de bem-estar e produtividade em relação à qualidade e quantidade de bens ou serviços. Caso as intervenções se revelem infrutíferas, ou com resultados negativos em um ou mais aspectos, os intervenientes podem querer reconsiderar o que deve ser feito e como, quando, por quem e para quem. Se, por outro lado, os resultados forem de uma forma geral positivos, podem querer continuar ou aumentar os seus esforços seguindo linhas semelhantes. Significa apenas uma sistemática aprendizagem a partir da experiência. Se o fizerem numa perspectiva de mais longo prazo, o local de trabalho torna-se um exemplo de aprendizagem organizacional. As experiências decorrentes de tais intervenções são, regra geral, muito positivas não só para os trabalhadores em termos de stress, saúde e bem-estar, mas também para o funcionamento e sucesso das empresas e para a comunidade. Se forem conduzidas tal como foi proposto, é provável que venham a criar uma situação de vitória absoluta e indiscutível para todas as partes envolvidas.

Sandro Nadine